Esse texto tem
por finalidade o debate de características filosóficas ocidentais do filosofo
René Descartes, dentro do anime Digimon, o texto segue com uma contextualização
da linha de pensamento do trabalho, a apresentação do anime e por fim o debate
das ideias levantadas durante a leitura do texto.
René Descartes,
filósofo do século XVII, nos trás uma das mais célebres e polêmicas expressões
filosóficas, “Penso, logo existo”, que se trata da conclusão do “argumento do
cogito” (do latim cogito, “penso”). Argumento
no qual o filosofo estabelece os fundamentos da construção do “edifício do
conhecimento” através da refutação do ceticismo.
Este argumento
se baseia em três níveis de intensidade crescente. O primeiro argumento que
Descartes nos trás é que a principal fonte de conhecimento do homem são os
sentidos. Sendo estes facilmente enganados, e podem nos equivocar em qualquer
experiência da percepção dos sentidos. Ele trás consigo uma dúvida a respeito
dos sentidos, pois hora fala que não devemos confiar em nossos sentidos,
contudo, são a principal fonte nosso conhecimento sobre o mundo natural. E que
nem sempre os sentidos nos enganam, havendo momentos em que parecemos ter
certeza do que percebemos.
O segundo
argumento utilizado por Descartes para o argumento do cogito e a radicalização
da dúvida. Ele trás que não possuímos um critério seguro para distinguirmos o
sonho da vigília, e tudo o que acreditamos perceber pode estar ocorrendo em
nível de sonho, sem ter uma relação com a realidade externa. Trás ainda que o
que é ilusório é o tipo de percepção que temos, e não propriamente aquilo que
percebemos com suas formas e cores. Ele fala ainda que mesmo imagens
fantásticas que temos em nossos sonhos, possuem sua base no real, como em
características gerais como cores, formas, quantidade e grandeza, a partir de
qual foram geradas. Características essas comuns aos sonhos e realidade (percepção
quando acordado) parecem “existir objetivamente” tanto à vigília quanto ao
sonho.
No terceiro
argumento Descartes leva sua dúvida as últimas consequências. As questões
partem da hipótese de um deus criador que “tudo pode e me criou tal como sou”,
e que nossas crenças estão de acordo com o modo de tal forma como fomos
criados. E que poderíamos ter sido criados por um deus enganador, uma espécie
de “gênio maligno” que me enganasse a respeito da existência de todas as
coisas. Sendo este um elemento externo, todo poderoso que pode até mesmo
penetrar no meu mais profundo interior e criar ilusões a fim de me enganar, a
única forma de se preparar contra esse deus enganador seria suspendendo seu
juízo sobre todas as coisas, e permanecendo sempre na dúvida.
Digimons,
monstrinhos virtuais, foram criados no começo dos anos 90 por Aki Maita, foram
originados a partir dos Tamagotchi, este que fizeram grande sucesso no mundo e
inclusive aqui no Brasil. Pensando nos garotos, Aki Maita teve a brilhante idéia
de coloca-lós para lutar, pois segundo ela garotos adoram lutas. Surgiram então
os digimons em 1996.
Digimon anime
que se passa em um mundo paralelo a terra, criado a partir das redes de
computadores da terra, habitado por diversas formas de vida, denominados
digimons. A trama começa quando crianças chegam ao mundo virtual e os digimons
ajudam-lhes a voltar para a vida na terra, durante o percurso se envolvem em
diversas aventuras e batalhas.
A primeira
questão levantada pelo argumento do cogito e a percepção do mundo através dos
sentidos, então seriam os digimons reais? Pois, eles são percebidos pelos
humanos a sua volta como seres pensantes, além disso, eles têm uma percepção de
si e do mundo a sua volta através dos sentidos, “... embora sejam feitos de
dados, eles podem chorar, sorrir e lutar assim como nós...” Questionando Descartes
um Digimon lhe perguntaria: “Penso! , logo existo?”.
A segunda
questão que levanto é: será que toda a estória não se passaria apenas nas
mentes das crianças durante o seu sonho? , pois Descartes alerta que não
possuímos um critério para distinguir o estado de vigília do sonho. Outra
hipótese aceitando que o digimundo se passasse em nível de sonho. Como as
crianças saberiam que aquilo que viram em seus sonhos seria de fato um digimon? Descartes fala que mesmo imagens fantásticas que possuímos em nossos sonhos
têm uma base no real. Então parecem eles “existir objetivamente”.
A última
questão que levanto com base na terceira parte do argumento do cogito é: Seriam
os digimons fruto da imaginação das crianças que lhes criaram assim como são? Assim, deixo em aberto agora o espaço para quem quiser comentar a
respeito do tema, ou mesmo expressar sua opinião sobre os digimons.
Eu quero um digimon 可愛い!! ははは Não, sério... Renatus Cartesius foi um gênio ... é interessante como o próprio método científico que ele fundamentou criou subterfúgios a posteriori para refutar seus próprios argumentos ... Afinal A razão depende dos sentidos.... Argumento comprovado cientificamente em 66 numa universidade canadense... McGill se não me engano... privado de nossos sentidos simplesmente deliramos.... sonhamos mesmo que contra a vontade.... Só o modo como o cérebro reage aos estímulos... e se estamos dentro dele... e ele surta.... nós vamos jutos...Ou talvez seja sistema de defesa.... Enfim .... talvez mett, tay, sora e seus amigos tenha ficado inconscientes e a neve deve ter provocado dormência... logo, delírio.... Se o fenômeno do delírio coletivo ainda não é bem entendido... não quer dizer que não possa dar boas idéias.... ou horripilantes..... quem sabe não somos ezquizofrenia divina em um banho gelado? Então quem é delírio de quem ou sonho de quê? filme recomendado: Inception (2010) Hasta amigos!
ResponderExcluirPs: acho que tem spoiler aê, doido!